Não sou arquiteto, mas um cidadão que vive dentro desse emaranhado da cidade eu sou, e, como tal, por vezes percebo essa interação, especialmente agora que busco nova morada em nova pólis.
Fato é que as andanças por esses espaços mostram coisas interessantes, e uma delas surgiu em conversa com minha irmã, a super fotógrafa Walda Marques (www.tabernasaojorge.com.br), quando concluímos que as intervenções que nelas são feitas seguem para a história e com elas interagimos, e é esse presente, o de viver a partir das novas ruas, dos espaços recompostos, do pensar urbano que se forma a partir do sucesso de intervenções realizadas em uma cidade.
Belém é um bom exemplo disso: após o trabalho impressionante do arquiteto Paulo Chaves à frente da Secretaria de Cultura do Pará, obrigatoriamente nos relacionamos com uma nova cidade a partir dos espaços novos e/ou readequados que surgiram, e que a obriga inclusive a pensar sua periferia, seja pela ausência de uma intervenção direta nela - o que pode ser fruto de abandono e descaso - como pela necessidade criativa de formar pontes que liguem essa cidade cada vez mais separada.
Fato é que após esse trabalho, o que fica posto à cidade e aos que nela habitam e passeiam é a interação presente e o pensar no futuro, já que a discussão somente em torno do nome do administrador de quem a fez somente serve para comprovar que o trabalho realizado atingiu o objetivo maior de permitir uma nova interação com um lugar que precisa agora saber para onde deseja ir a partir da relação estabelecida entre seus cidadãos, os espaços públicos existentes e a urbanidade fruto desse emaranhado.
Isso é o que vejo e sinto nessa manhã cinzenta de outono carioca...mesmo não sendo arquiteto.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Ideias e ações o fazem arquiteto de passos e pessoas.
ResponderExcluirParabéns pelo olhar!